quarta-feira, 29 de agosto de 2018

CLIQUE AQUI: Bolsonaro e sua ameaça ao nosso futuro, o futuro de brasileiros e brasileiras.












Láurence Raulino (*)
 

Eu me engajei, enquanto cidadão brasileiro e consciente, na luta democrática, em redes sociais, nas ruas e espaços públicos diversos em prol da derrubada da Dilma Rousseff da presidência da República, via processo de impeachment. Apesar do Michel Temer, eu não me arrependo; eu fiz o que era certo e faria tudo de novo...

Agora a luta é contra o outro extremo do espectro político. A ameaça da vez chama-se Jair Bolsonaro, esse capitão do exército que deixou a arma (ou foi deixado, controvérsias à parte...) e entrou na política pela porta dos fundos, e lá ficou na Câmara dos Deputados por vinte e sete anos, sem nenhum projeto de relevância e de interesse maior da nação brasileira, para agora lançar-se candidato à presidência da República.

Embora afirme ser defensor da família, assim fazendo declarações vagas e confusas, não tem  nenhuma proposta concreta no plano legislativo para promove-la. Ademais, o candidato tem um perfil misógino, pois rejeita politica e socialmente as mulheres, embora venha negando isso ultimamente, além de rejeitar politica e socialmente os setores marginalizados da sociedade brasileira, como negros, índios, gays e outras minorias. Propõe-se armar a sociedade e sair matando a torto e a direito, para "conter a bandidagem", e nesse seu pânico, de macho(?) medroso e covarde ele não medirá consequências...

Afora essa programação política para o aparelho repressor do Estado, o candidato do PSL arma uma cilada na área econômica similar ao que o Collor aprontou em seu governo, com uma ampla privatização de empresas públicas. Embora muitas delas devam ser mesmo privatizadas, não é do modo já proposto pelo seu já nomeado "ministro da economia", Paulo Guedes, que propaga iniciativas temerárias sem medir o tamanho do desemprego nas famílias brasileiras a que dará causa, agravando assim a crise originária dos últimos governos.

Portanto, a hora de nos mobilizarmos é agora, como brasileiros conscientes e democratas, e as mulheres, junto com os demais setores descriminados da sociedade, acima nomeados, terão um papel fundamental de escolher qualquer outro candidato, qualquer um que seja para derrotar  Jair Bolsonaro, esse carcamano infeliz que nunca deveria ser cidadão brasileiro.

Vamos à luta!

(*) - Advogado, blogueiro e escritor, e assim é autor de ensaios políticos e literatura ficcional, com destaque para o livro "Direito & Política", publicado em 2010, já esgotado no mercado editorial mas disponível em bibliotecas públicas de Brasilia(Câmara dos Deputados, Senado, PGR, AGU,...) e das principais capitais.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Acorda!, Brasil


 

Láurence Raulino(*)

 

Depois da grande decepção que todo o país teve com o Lula e o seu partido político - o PT -, grande parte dos brasileiros que havia optado em eleições passadas pelo líder e o sua organização viu-se na orfandade política, face a trágica experiência historica que quase levou o Brasil, mais uma vez, rumo ao abismo. Então, milhões ficaram desorientados e perdidos no horizonte da vida real, e assim apegaram-se em desespero àquele que primeiro lhes pareceu capaz de derrotar a corrupção, a marca petista dos treze anos, associada ao aparelhamento bolivariano. 

E ali estava o ex-capitão(ou capitão reformado do Exército, como se queira) Jair Bolsonaro, "carioca de Campinas", um boquirroto e tresloucado como poucos neste país que sofre do complexo de vira-latas, como um dia disse o dramaturgo pernambucano, Nelson Rodrigues, que entendia a "alma carioca" como nenhum de lá... O bravo campinense do subúrbio carioca seria o nosso Trump, um Trump caboclo (não no sentido étnico, claro, pois ele é aparentemente branco, como se isso fosse grande coisa..., mas no sentido cultural), para nos resgatar da lama da corrupção e nos salvar do comunismo, desde que o Lula permaneça preso em Curitiba, do contrário acabará com as esperanças dessas crianças  - jovens e velhos -, que formam o seu rebanho, apostando tudo no capitão do mato carcamano - como dizem os paulistas.

O Brasil não vive sem buscar um "salvador da pátria", e Jair ("é melhor já ir se acostumando", diz em uníssono o seu desesperado rebanho) é o salvador do momento, pois é "honesto e corajoso", como suposto - santa estupidez!. A honestidade é "comprovada pela circunstância de o capitão até hoje não ter se envolvido com a corrupção", e essa cegueira do viralatismo é a mesma que não enxerga a covardia no olhar e nas atitudes do capitão Jair.

Triste povo que precisa de um salvador da pátria como esse dissimulado vira-latas brasileiro - mais um picareta da política. As instituições estão todas corrompidas, inclusive as forças armadas que acovadaram-se ao recusarem-se a tomar novamente o poder, para imporem uma nova ditadura, prendendo e matando ao menos trinta mil, como um dia disse o capitão Jair, do alto de sua coragem e honestidade (para não dizer o contrário e despertar o sonho do rebanho).

Acorda!, Brasil

(*) - advogado, blogueiro e escritor, autor de ensaios políticos e de literatura ficcional