sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pense bem: num Brasil que promove o homossexual, por que "vitimizar" a Dilma e "demonizar" o Bolsonaro?


Láurence Raulino(*)


Hoje, os jornais de quase todo este nosso "Brasilzão de guerra", junto com a mídia da/na web - nesta, aliás, desde ontem -, estão repercutindo e condenando o discurso de ontem do Deputado Federal Jair Bolsonaro - feito da tribuna da Câmara dos Deputados, ele enquanto parlamentar, portanto -, que questionou a política do atual governo dirigida à promoção do homossexual, e, especificamente, à "luta contra o preconceito e a discriminação ao homossexual" no âmbito da rede escolar pública, que começa pela distribuição do polêmico "kit gay". Então, no meio de sua fala, o controverdito parlamentar fluminense exortou, de forma áspera - mas não sem a sua característica autenticidade -, a presidente Dilma Roussef: "Dilma, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assuma. Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas de primeiro grau."

Sem entrar no mérito do discurso do Deputado Jair Bolsonaro - mas também sem deixar de entrar ali, com perdão da expressão -, no momento em que
o atual governo - como o anterior - promove o homossexual, com uma política pública renovada e específica "para enfrentar o preconceito" contra ele, realmente fica difícil entender que o tal preconceito persista dentro daqueles mesmos que o "combatem", como a mídia solidária a essa política; os próprios agentes públicos incumbidos de promovê-la; e, inclusive, o PT - Partido dos Trabalhadores. Este, segundo registro no jornal Correio Braziliense" desta sexta-feira(25/11/2011), na matéria sob o título "Mais estupidez na boca de Bolsonaro", teria anunciado que "entrará com nova representação para investigar a conduta do deputado no discurso de ontem", e ali destacou palavras do líder petista na Casa, Paulo Teixeira(PT/SP), versadas, em relação ao "episódio", nos seguintes termos: "Ele não pode usar a imunidade parlamentar para delinquir."

Não bastasse o extravagante e indeterminado "enquadramento penal" do líder petista na Câmara dos Deputados contra o Deputado Bolsonaro, o discurso deste ainda repercutiu no Senado, ali no seio da alta nobreza petista, pois segundo a mídia paulista, a nobre senadora Marta Suplicy (PT-SP) pediu (...) ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS), que adote providências para punir o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por falta de decoro parlamentar. Marta disse que, em discurso no início da tarde, o deputado teria dito que a presidente Dilma Rousseff deveria "assumir logo se o seu negócio é amor com homossexual"(DIÁRIO DO GRANDE ABC).

Por demais estranho e incompreensível essa reação da ilustre senadora do PT paulista, aquela mesma que sempre "defendeu a normalidade do homossexualismo", enquanto "sexóloga", e a legítima reivindicação das bandeiras sociais e políticas de sua luta política, sendo que a eminente parlamentar, que defendeu aquelas bandeiras desde "tempos imemoriais" e que, quando Prefeita da cidade de São Paulo, promovera o "Movimento Gay" e a "Passeata Gay", os quais a celebrizaram, Brasil adentro e mundo afora. Mas a concordância com o homossexualismo, por parte da ex-prefeita Marta Suplicy, no entanto, não a privaria de apontar o dedo para o atual Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e então candidato ao cargo, e durante a campanha para a Prefeitura de São Paulo, portanto, e em tom de condenação moral(?), que o mesmo seria um gay "enrustido", naquela que seria a primeira contradição pública de sua posição, em relação ao tema do homossexualismo.

Ademais dessa indignação contra o Deputado Jair Bolsonaro, destacada pela mídia e acima registrada, outros parlamentares, intelectuais e a sempre presente Ordem dos Advogados do Brasil também registraram protestos contra o discurso e as palavras daquele parlamentar dirigidas à pessoa da "Presidenta", que segundo ele, ao que se depreende de sua fala, deveria assumir a sua homossexualidade. Para a consciência politicamente correta do país e que agora condena Bolsonaro - mais uma vez -, essa seria uma acusação feia, abominável... Assim, o que pensarão e sentirão os homossexuais que se supunha serem defendidos pelo PT; pela mídia "politicamente correta"; pelos intelectuais; pela OAB; pela Marta Suplicy?

Essa vigorosa e generalizada discordância contra mais esse polêmico discurso do Deputado Federal Jair Bolsonaro, que tentam "demonizar" e transformar em verdadeiro ícone "satânico" e objeto da indignação nacional, como visto, igualmente ao que lhe ocorreu no recente caso do equivocado "episódio" com a artista Preta Gil, não estaria a merecer uma resposta da própria Dilma Roussef? Sim, ela vindo a público para assumir uma suposta homossexulidade(condição perfeitamente natural do ser humano, segundo dizem alhures, em quase todos os quadrantes do Brasil e mundo afora, ou, ainda, aspiração legítima de aceitação para outros/as), como sugerido no discurso parlamentar; ou, então, afirmar que não é homossexual, mas apenas uma simpatizante da "causa", como a Marta Suplicy?

Ora, o Brasil "menos jovem" deve lembrar daquele episódio passado no início dos anos 1990, numa entrevista concedida pelo então Presidente Fernando Collor, a uma renomada repórter da televisão global, que lhe perguntara, diante de uma visível e inexplicável "magreza" presidencial - motivo de preocupações da "família brasileira" e de comentários os mais diversos, Brasil adentro e afora, inclusive na mídia -, se ele estava com AIDS - talvez a lhe sugerir possível homossexualidade, diante de obscuros comentários, inclusive de desentendimentos com a primeira dama -, e ele lhe respondeu não, assim... - não - , simples e tranquilamente.

Para quem apoia a homossexualidade(opção legítima ou destino natural do ser humano, conforme se diz em nosso tempo), como a Dilma e o PT; os intelectuais; a OAB..., que mal haveria se o Bolsonaro estiver mesmo certo e ela, igualmente a muitos..., mundo afora, aparente e originalmente do sexo masculino, for uma das mulheres que, Brasil adentro e afora..., é, efetivamente, homossexual? Não dizem que isso é normal; belo; legítimo? Qual o problema, então?

Talvez a Marta Suplicy devesse voltar a ser aquela sexóloga da TV Globo, do início dos anos 1980, e ter uma conversinha séria com a presidenta, não? Ou até o Lula poderia participar dessa conversa, sem a Dona Marisa, ou com ela também presente - haveria problema? -, de modo a se afirmar o caráter verdadeiramente democrático desse governo e se evitar, assim, um desnecessário processo parlamentar, por "quebra de decoro", contra o Deputado Jair Bolsonaro, o último assumidamente da direita na Câmara dos Deputados. Quem sabe se a "sustação" de um processo parlamentar por "quebra de decoro" contra o Bolsonaro não iniba o Procurador-Geral da República a denunciá-lo ao Supremo?

Como democrata que sou, preocupa-me o destino que desta vez darão - ao que parece, ou ao que tudo indica...- àquele que é o último e autêntico deputado da direita tupiniquim, assumidamente. É que eu, além do compromisso que tenho com a liberdade de pensamento e expressão, em firme convicção e plena consciência - e que por isto luta hoje contra o marco regulatório da mídia, que o PT e esse governo tentam impor ao país -, em passado recente fui vítima de um processo administrativo disciplinar, no âmbito da AGU, apenas por ter sugerido e registrado, em documento da instituição, a um inseguro colega procurador federal - atualmente premiado pelo petismo com a presidência de uma grande autarquia federal -, que não haveria problema de ele assumir a sua natureza, ou opção... - sei lá -, dado a política de defesa e promoção jurídica da "homoafetividade" levado adiante pelo então Advogado-Geral da União, o ex-ministro de Estado José Antonio Dias Toffoli, atual ministro do Supremo Tribunal Federal. Apenas pela sugestão documentada, feita de passagem para buscar esclarecer internamente possível e grave prática de racismo daquele operador do direito contra uma servidora, recebi como resposta uma suspensão de 05(cinco) dias das minhas atribuições de procurador federal, acrescida de considerações extemporâneas e descabidas, as quais, juntas, levaram-me a buscar o Poder Judiciário, onde logrei reverter em parte o exotismo da sanção administrativa. Agora, espero reverter e "ganhar tudo", especialmente a indenização por danos morais, em segunda, terceira ou quarta instância, nesta aonde poderei me deparar novamente com o Toffoli, possivelmente como juiz da causa. Será mesmo possível? Hehehehe...

Assim, diante do povo brasileiro, e sendo eu o defensor intransigente que sou da transparência e da liberdade de expressão, agora apelo à Dilma e ao PT: deixem o Bolsonaro em paz, para falar à vontade, enquanto deputado, cidadão..., e não façam com ele na Camara dos Deputados ou no Supremo Tribunal Federal a injustiça que me fizeram na AGU, que espero reverter totalmente um dia.

Hehehehehe...


(*)- advogado, escritor e articulista
(http://www.procurador-raulino.com.br)

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