quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O adeus





Mick Barros


O que pensar quando a morte aparece e leva mais uma vida? E quando essa vida se vai pelo uso indiscriminado de drogas, álcool e afins? É nisso que tenho pensado deste a morte da Amy, pois pra mim a morte dela foi à síntese da morte de milhões de jovens que estão perdidos, tentando ou não, lutar contra o vício.

Eu gostava da Amy, gostava da voz, das músicas, do look anos 50. Como todo ser humano ela em algum momento quis fugir da dor e procurou nas substâncias ilícitas a cura para seu mal. Atire a primeira pedra quem nunca se rendeu a subterfúgios para conseguir ficar mais feliz e esquecer a sua condição humana. Nós somos assim, seres eternamente insatisfeitos e temos a necessidade de sublimarmos a realidade para nos sentirmos um pouco melhores.

Pra mim não existe uma grande diferença entre a Amy Winehouse e o pivete que fuma crack no centro da cidade, ambos estão doentes, ambos procuram algo que a sociedade não está conseguindo suprir. Alguns poderão me dizer: “Mas ela tinha dinheiro, tinha o dom, tinha escolha”. Isso é verdade o caminho dela poderia ter sido mais fácil, poderia ter sido diferente, mas quando a droga entra a sua capacidade de escolha zera, sua automonia vai embora e como a palavra mesmo se define você fica dependente.

Infelizmente mais um talento se foi, como tantos outros, conhecidos ou não, e a nós resta refletir: Aonde isso tudo irá nos levar? E o que fazer para que a droga não acabe com as novas gerações? Ela se foi. E quantos mais irão acompanhá-la?

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