segunda-feira, 6 de junho de 2011

DSC - Dilma, Shirin e Cesare. Eis a síntese política de Brasília, para esta semana que começa, fora P, de Palocci, que sangra - PS

Enquanto a França ainda se debate com a crise sofrida pela prisão de Dominique Strauss-Khan, o famoso DSK, em Nova York, aqui em Brasília a semana política começa inquietando o governo com outra sigla:DSC - Dilma, Shirin e Cesare, ou, ainda DSB - Dilma, Shirin e Battisti, além de uma menor - mas de um problema igual ou até maior, momentaneamente -, com apenas duas letras: PS - Palocci Sangra. Falemos da sigla DSC - Dilma, Shirin e Cesare, ou melhor DSB - Dilma, Shirin e Battisti.

A sigla DSB não aparenta ter a mesma dimensão do problema que hoje envolve a sigla PS - Palocci Sangra, mas, na verdade, a longo prazo poderá vir a ser um desafio bem maior para Dilma, já que o caso Palocci, de um modo ou outro deverá ter uma solução - qualquer que seja ela - nos próximos dias. Distintamente, as questões internacionais originárias da primeira sigla sugerem desafios bem maiores para a primeira letra - D, de Dilma -, eis que, juntas ou separadas, provavelmente são problemas que se prolongarão a perder de vista.

Sim, Shirin Ebadi, a advogada iraniana ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2003 e a personalidade mais destacada da oposição ao regime iraniano, no plano internacional, estará esta semana no Brasil, e virá a Brasília, determinada a se encontrar com a Dilma. Esta, no entanto, resiste em recebê-la. O Palácio do Planalto informa que Shirin será recepcionada apenas pelo assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, o famoso "top-top" - o daquele gesto obsceno, ainda presente na memória de todos.

Shirin, entretanto, insiste em se encontrar pessoalmente com a própria Dilma, e em reforço à sua determinação, diz: "Se ela apoia os direitos humanos, vai me receber."

Em matéria do jornalista Roberto Simon, publicada no jornal "O Estado de São Paulo" de ontem - 05/06/2011 -, sob o título "Dilma não vai receber Nobel da Paz", há a informação de que o governo, nos bastidores, diz que receber Shirin seria colocar o Brasil dentro de uma "disputa interna indelicada". E como ficará a imagem de Dilma no plano internacional, quando já ensaiou a defesa dos direitos humanos, aqui e lá fora?

Outro pepino grande para o governo é o "Caso Battisti", esta semana - e talvez pela "última vez" -novamente nas mãos do Supremo, embora tenha origem na administração federal anterior - do Lula, pelo lado vermelho e obtuso de sua mente. O Supremo agora - quarta-feira próxima, dia 8 - irá avaliar o ato do Lula que decidiu pela permanência do ex-terrorista e assassino italiano em solo brasileiro, e, assim, negando à Itália, país amigo, democracia sólida, ou seja plenamente estável, apesar da luta armada de lá, desde o pós-guerra.

Por tudo isso, a tensão palaciana não deverá ser pouca, certamente. Veremos.

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