Inicialmente, um brevíssimo esclarecimento sobre a expressão "peça na engrenagem do governo", empregada acima, como subtítulo deste artigo.
Ora, o poetinha do Supremo, como todos sabem, é o eminente ministro Carlos Ayres Brito, e isso não é preciso advinhar. Agora "peça na engrenagem do governo" não é, absolutamente, uma expressão leviana da minha parte, para sugerir uma hipotética gratidão do notável jurista sergipano ao governo petista; isso não, definitivamente, por óbvio.
Quando emprego a expressão "governo", como geralmente faço nas referências aos agentes políticos, não significa que estou enquadrando esse ou aquele no âmbito do Poder Executivo, seja o federal ou o estadual. Quem conhece o mínimo de minha obra mínima sabe que "governo", ao meu entendimento é a máquina do Estado que o conduz, constituída, por óbvio, pelos tres poderes, e não apenas pelo Poder Executivo, como se emprega alhures. Assim, "peça na engrenagem do governo" é expressão que insiro "dentro"(perdão pelo erro/inadequação/impropriedade) do meu conceito de Estado. Agora voltemos ao assunto.
Bom, ainda sobre o "Caso Battisti", objeto de minha blogagem de ontem - 09/06/2011 -, dia seguinte à prevista decisão do Supremo, para negar ao Estado Italiano o límpido direito à extradição do ex-terrorista e notório assassino peninsular, registro agora que, quando "quebrei" o princípio constitucional da impessoalidade - essa novel peça da ficção jurídica, filha da hipocrisia, mas tão cara e indispensável aos operadores do direito, em nossas argumentações -, nas referências ao Lula e ao "Pangaré Gaúcho" deixei de fora, por um lapso, o poetinha do Supremo. As suas declarações de ontem sobre a determinação da Itália em levar o "Caso Battisti" à Corte Internacional de Justiça de Haia, no entanto, puseram o foco da mídia no poetinha, e eu não perco a deixa.
Segundo a mídia, o poetinha do Supremo teria estranhado a determinação da Itália em levar o "Caso Battisti" à Corte Internacional de Justiça, onde são julgadas questões de Direitos Humanos. Dali vem a pergunta infantil, mas também maliciosa, que qualquer índio, igualmente, poderia fazer ao seu protetor: E que o Brasil fez aos familiares das vítimas desse assassino e ex-terrorista, por acaso, não foi uma clara violação aos Direitos Humanos, cara pálida?
Ora, o poetinha do Supremo, tão romântico, telúrico e apaixonado pela natureza; pelo índio - que o diga o Estado de Roraima, hoje destruído pelo seu voto, com os outros majoritários, no "Caso Raposa Serra do Sol" -, etc, esqueceu das vítimas - os mortos e os seus familiares - do facínora italiano? Pois é, poetinha, além dos "lacaios da burguesia", como o "Pangaré Gaúcho" talvez assim considere os pobres italianos assassinados pelo patrício, restaram alguns familiares dos mesmos para assistir pela mídia aquela vergonhosa decisão do Supremo, um deles até tomando-a como "um soco no estômago".
Porém, o poetinha, além de romântico parece ser também um desses juristas de grande "sensibilidade social"- um coração de mantega -, ao ponto de ter uma mente vermelha, como já várias vezes demonstrou, igualmente ao "Pangaré Gaúcho" e ao próprio Lula - hoje, apenas um ex-operário que um dia foi presidente -, esse que às vezes dissimula e tenta enganar os seus "amigos" banqueiros, mas não engana, principalmente quando faz constantes viagens a Cuba, para conspirar contra a nossa democracia - quer uma Constituinte definitivamente gramscina, para facilitar a implantação da falida, mundo afora, "ditadura do proletariado". E a coerência, poetinha, onde fica?
Quer dizer que os Direitos Humanos só valem para os índios; os "gays"; "as minorias" do Terceiro Mundo? Para os "lacaios" da burguesia italiana - guardas, padeiros... -, que morreram no cumprimento do dever, enfrentando um facínora que terminou por matá-los, não valem? Então, ali o jurista de esquerda mata o poeta? Tenha santa paciência, poetinha.
Mas aguardem, vítimas("lacaios") e familiares - que ainda os lembram, e nada melhor e pior que a memória - do facínora italiano que os Direitos Humanos unilaterais - sendo elegante - da Corte brasileira serão revistos em Haia. A vergonha brasileira ali sera dissecada, exposta...
Bravo Dr. Láurence... Penso que a minha leiguice jurídica não dá para avaliar certas coisas, mas tenho o meu ponto de vista e acho que as nossas leis só servem para punir os desafortunados. O próprio caso “Batistti” e um exemplo de que só os grandes e de preferencia de outra nacionalidade tem regalias. O caso teve repercussão mundial, onde os senhores ministros do STF criaram uma novelinha no sentido de tecer expectativas para um final feliz. O nosso país e uma mãe e está sempre de portas aberta para abrigar tudo e qualquer um que tenha cidadania Internacional, “é chique né bem!”, não importa se é celebridade, politico ou até mesmo um assassino.
ResponderExcluirO seu bom samaritano “poeta”, como você mesmo relatou, faz questão de pousar de bom moço acobertado pelo conselho do STF para votar ou não voltar à extradição do tal, só para se ter uma ideia, em entrevista com o ministro Joaquim Barbosa que também votou a favor da permanência do terrorista cesari basttisti acatado a decisão do Presidente, afinal é o próprio quem os nomeia, faz sentido.
O repórter fez uma pergunta ao digníssimo: “O Brasil não correria o risco de o Brasil virar refúgio de criminoso!” Sabe qual foi à resposta do ministro Doutor? “O que tenho a dizer sobre este caso está detalhado no meu voto. Não tenho nada a acrescentar”. Moral da história no Brasil quase tudo cai no ostracismo.